sexta-feira, 22 de novembro de 2019

FÓRUM DA INDÚSTRIA ESPACIAL BRASILEIRA

3º EDIÇÃO DO FÓRUM DA INDÚSTRIA ESPACIAL BRASILEIRA 
ECONOMIA ESPACIAL E NEGÓCIOS

Estive presente na 3º Edição do Fórum da Indústria Espacial Brasileira, realizado no Parque Tecnológico São José dos Campos (PqTEC), nos dias 19 e 20 de Novembro, com a presença dos maiores nomes nacionais e internacionais do setor espacial.

Os representantes de empresas e agências internacionais, tocaram bastante no ponto de que o momento atual do Brasil é o melhor para a Agência Espacial Brasileira. Diversos países acabam tendo seus programas espaciais atrasados ou não priorizados pelo governo, devido a falta de políticos da área tecnológica. Hoje o Brasil tem a frente do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) o astronauta Marcos Pontes. O segundo ponto, que favorece o momento no Brasil, é a assinatura do Acordo de Salvaguardas Tecnológicas com o EUA, que pode abrir as portas, novamente, para o Brasil no cenário espacial mundial. 


Muito se falou nas dimensões continentais do Brasil, fazendo com que o país possua uma demanda interna enorme, que pode ser atendida por soluções espaciais. Além do IoT, o país precisa aproveitar melhor os dados do espaço, oriundos do sensoriamento remoto. É necessário fazer um uso melhor e uma análise mais precisa dos dados, gerando assim informação para os clientes, como por exemplo, para agricultura de precisão.

Sobre a Base de Alcântara, assunto muito perguntando pelo público presente, ainda que precise de pouco investimento na infraestrutura para poder começar a operar no lançamento desses pequenos lançadores, algumas poucas empresas desse ramo demonstraram interesse na utilização da Base. Acredita-se que esse mercado continuará sendo dominado pelos Grandes Veículos Lançadores, devido ao custo baixo por quilograma. Também foi comentado que os dados de lançamentos de pequenos satélites estão sendo “enganados” pelo lançamento da constelação da Space X que será lançado pela própria Space X. 

Outro ponto levantando tanto pelos brasileiros como pelos estrangeiros, foi a necessidade de mapear as empresas de tecnologia espacial, criando um diretório de fácil acesso. Assim empresas brasileiras poderão conhecer possíveis parceiros de negócio. As empresas focam tanto nas exportações, já que estas representam mais de 80% de sua receita, que acabam ficando desconhecidas no mercado interno. Isso faz com que compradores brasileiros, procurem produtos de fora. As empresas brasileiras precisam se conhecer.

A Parceira-Público-Privada foi outro assunto muito discutido, sendo muito importante na área espacial. Ainda assim, o investimento privado precisa ser maior do que o público e as empresas privadas precisam "alimentar" a Agência Espacial, para esta saiba qual direção tomar. A Agência ficaria mais responsável pela parte regulatória, pelo incentivo a startups e programas de desenvolvimento.

A conclusão que foi tirada, é que os players da indústria espacial brasileira precisam se integrar. Se tornarem parceiros e caminharem juntos pelo sucesso do Brasil.

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Brasil pode dominar mercado com a assinatura do Acordo de Salvaguardas Tecnológicas.

Nesta terça-feira, 12 de Novembro, foi aprovado pelo Senado o acordo que permite a participação dos Estados Unidos em lançamentos a partir do Centro Espacial de Alcântara (CEA), no Maranhão. 

A posição geográfica da Base de Alcântara, próxima a linha do Equador, é vantajosa para os lançamentos, aumentando a velocidade dos lançadores e podendo reduzir os custos de combustível em até 30%. Além disso, sua localização costeira é ideal para o transporte dos equipamentos e mais seguro em caso de falhas.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br
Atualmente os principais centros de lançamento do mundo são padronizados para lançadores de satélites de grande porte, não dando muitas opções para empresas que pretendem lançar seus lançadores de pequeno porte, como a RocketLab ou Vector. 

Essa falta de opções, pode ser o triunfo do Brasil. O mercado de lançamentos de pequenos satélites só tende a crescer e a infraestrutura atual da Base de Alcântara precisaria de poucos investimentos para estar apta a realizar esses lançamentos. As vantagens mencionadas anteriormente possuem um impacto maior ainda nos pequenos lançadores. 

O Brasil sai ganhando. As empresas de pequenos lançadores saem ganhando. É apenas uma questão de saber aproveitar a oportunidade e não tentar correr atrás dos grandes lançadores. O futuro está aí.

terça-feira, 12 de novembro de 2019

FloripaSat - Cubesat brasileiro será lançado em dezembro.

Primeiro CubeSat de Santa Catarina, o FloripaSat-1, será lançado ao espaço em dezembro pelo foguete chinês Long March-4,  junto do, também satélite brasileiro, CBERS-4.

O FloripaSat foi desenvolvido pelos alunos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e levará a bordo o protótipo de uma placa com componente tolerante à radiação. Verificando os efeitos da radiação solar em FPGA (circuito integrado projetado para ser configurado em campo).

As placas EPS (gerenciador de energia), OBDH (gerenciador de dados), TTC (módulo de comunicação), battery board e interface board foram desenvolvidas pelo grupo FloripaSat na UFSC. As antenas, painéis solares e a estrutura foram adquiridos da ISIS, fornecedor de materiais para nanossatélite.
O projeto faz parte do programa UNIESPAÇO, promovido pela Agência Espacial Brasileira, com o objetivo de integrar o setor universitário às metas do Programa Nacional de Atividades Espaciais (Pnae) assegurando atender a demandas tecnológicas do setor com o desenvolvimento de produtos e processos, análises e estudos.

Além disso, o FloripaSat é uma missão Open Source, com toda sua documentação disponível no GitHub. Conheça mais sobre o projeto, no link: FloripaSat.